Quando a água bate na bunda

Cinthia Dalla Valle
2 min readMar 24, 2021

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Depois de dois meses sem escrever artigos aqui (estava com saudades!), quero falar sobre uma experiência que tive como escritora que me ensinou mais do que consigo ainda mensurar. Resumindo, vou falar sobre quando a água bate na bunda e você vai lá e faz o que é preciso fazer no prazo que for.

Há quase um mês, resolvi participar, na última hora, de um dos maiores concursos literários do país. Me inspirei em um bate-papo com a escritora Luisa Geisler que ganhou dois prêmios Sesc seguidos. Aí, juntei minha uma dúzia de contos e, depois de ler o edital, descobri que o mínimo de caracteres com espaço exigido era de 100 mil. Ah, eu consigo! — Disse a louca que mora em mim para mim mesma.

Como o que eu tinha eram menos de 40 mil caracteres, tentei de tudo. Transformar minhas crônicas e artigos em conto, o que seria ótimo se eu tivesse conseguido. Criar 50 contos de duas páginas cada em três dias, o que também não tive êxito, já que meus contos têm em média uma página cada. Mas, até as últimas horas do último dia, tentei escrever o máximo de contos que eu conseguisse, acreditando até o fim. Não consegui participar do concurso, mas criei 16 contos em três dias e passei de 40 mil para 80 mil caracteres.

Se eu fiquei frustrada? Fiquei. Primeiro, bateu aquela sensação de ter perdido a oportunidade de, além de concorrer a um baita concurso, provar a mim mesma que eu conseguiria. Depois, tive orgulho de ter tentado e de ter criado tantos contos em pouco tempo. Mas o que ficou de mais impactante foi a crença de que quando eu quero muito alguma coisa, por mais difícil que seja, vou lá e faço.

Não consegui participar daquele concurso, mas, na semana seguinte, surgiu outro que pedia um mínimo de 50 páginas e era o que eu tinha, mas só porque tentei chegar nas 100 páginas dias antes. Tenho certeza de que criei um gatilho positivo pra ativar quando eu achar que não consigo alguma coisa.

E você, já viveu algo parecido? Me conta!

Olá, sou a Cinthia, publicitária, escritora e produtora de conteúdo. Já tenho o privilégio de viver da minha escrita, mas nutro o sonho de viver escrevendo livros. Sei dos desafios da profissão, mas meu sonho não está nem aí pra eles. Não sei ainda onde ele vai me levar, mas, como diz certa música: “a procura por si só já era o que eu queria achar…”

Compartilho aqui alguns dos meus aprendizados durante essa rica jornada. Vem comigo!

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Cinthia Dalla Valle

Escritora e produtora de conteúdo com legado. Aqui estou começando a publicar textos literários mais intimistas e cheios de significado pra mim. Seja bem-vindo!